Universo da Vida

As cidades deviam ter mais jardins.

Jardins com florecas de mil cores de abanam com a brisa e dão o ar da sua graça cada vez que o sol espreita.

Jardins com arvores antigas que fizessem muita sombra. Jardins onde se vê um velho sentado a ler um livro, uma mãe apressada atrás do filho pequeno que se desatou a correr, o amante que sozinho olha para o infinito e está longe dali, das miúdas que se encontram para uma conversa e dos miúdos que jogam à bola.

Jardins só para passar rápido mesmo de manhã quando nos deslocamos para algum lado e sentimos o aroma das folhas e da relva acabadinha de regar (sim porque isto de ter o sistema de rega a todo o gás ao meio dia faz-me arrepiar os cabelos).

Jardins sem lixo, sem manifestações silenciosas.

Jardins onde possa estar sempre que queira e onde possa levar os meus.

Um jardim, um mundo, dentro do meu próprio mundo. 

Eu tenho saudades de pintar. Pintei desde que me conhço, gostava de misturar as cores e rabiscar com pinceladas de várias grossuras, desde o traço bem definido e fininho até ao mais abstrato e com uma leveza incrível. Tenho muitos quadros guardados na arrecadação, embrulhados em papel e presos com cordas. Esquecidos. A envelhecer. Cores vivas e cores mortas que se perderam no tempo, que eu quis perder. Não tive coragem para os ver mais desde que o meu pai faleceu. Na altura limitei-me a odiá-los e arrumá-los para o lado. Não faziam sentido. Nunca mais soube o que era olhar para um quadro meu e muito menos voltar a pintar. Não tenho obras de arte, mas tenho as minhas-obras-de-arte.

Hoje, deu-me uma vontade de voltar a pintar, de criar de estar sozinha com as cores, a tela os pinçéis e não ter horas para terminar.

Falta-me coragem. 

Ultimamente tenho falado muito num mel mas não é um mel qualquer é aquele mel que o brazuca diz que tá delícia, ta gostoso ;) Eu nem sei o que sinto, como sinto, o que devo ou não sentir, mas qualquer coisa, por pouca e insignificante que seja, existe, "tipo mel" ahah :)

Muitas vezes as oportunidades surgem e cada vez mais me convenço que não lhes cedo, talvez as desperdice, talvez não. Na verdade acho que depois de todas as desilusões que tenho vindo a sofrer me fechei demasiado em mim mesma e não me deixo levar. Acho que me prendo demasiado rápido às pessoas e tenho medo que acabe magoada. Estou cada vez mais com o pé atrás nas relações. Não me deixo viver, dar-me a conhecer facilmente. Resumindo sou um osso duro de roer. Haja persistência! =)

Porque até gosto desta musiquinha e estou um pouco lamechas lol, cá vai:

Finalmente os dias quentes e solarengos mostram um ar da sua graça. É o ventozinho bem ameno que levamos na cara, uma vontade de sair e fazer um pouco de tudo aquilo que o tempo nos impede ou nos faz recuar quando está mais desprovido de cor, mais cinzento.

Agora já não tenho desculpa. Só constato é que em vez de dizer: "estou de cama com uma gripe daquelas de caixão à cova" passo a levantar a voz constatando: "detesto estes pólens!". Não que esta seja a melhor das comparações mas, eu bem sei como a rinite alérgica pode ser incapacitante, se sei. Cada um com a sua cruz.

Com este calor só me apetece estar dentro de àgua como estes dois malandrecos aqui. Digam lá se não era perfeitinho? :)

Nem tudo é mau, voltam as sandálias, volto a andar com os pés ao léu. Vou buscar a roupa de Verão que começei a amontoar no passado Outono mas sempre ficam uma ou outra roupa quente, não vá este tempo irregular tecê-las.

Mas nada é melhor que voltar a sorrir com vontade, a comer um gelado ou ouvir a minha avó dizer: "dás-me uma dentadinha?" e come-me sempre metade. Passear com mais regularidade à beira mar e nos dias de uma grande ventania acabar sempre a esfregar os olhos porque me entrou um grãozito de areia (ou dois, ou três lol). Que não entre mais nada!

Enfim, desejo o Verão e desejo que este Verão seja recheado de bons momentos. Mas enquanto não chega o danado, contento-me com estes dias que me vão despertando o apetite ;)

Venha o dia 21 de Junho já!

 

Ora bem, estou acordadinha desde as 8h30, ainda tomei o pequeno-almoço com os meus primos mais lindos do mundo e dei-lhes um beijo antes de irem para as aulas. Soube tão bem, se soube. Pode ter sido do entusiasmo para começar o dia com um objectivo mas, a verdade é que mal me sentei para estudar, a coisa lá fluiu bem. Trocam-se umas mensagens aqui, outras acolá, um pouco de distração e, só parei para almoçar já tarde e a más horas mas, sinto que o meu dia está a correr bem.

Vim aqui dar um salto para desabafar um pouco e vou já carregar as minhas energias para rumar novamente até Coimbra, pois Coimbra =P Já tinha confirmado com a M. que ia ao aniversário dela e compromissos são compromissos. Não queria estar agora a cortar-me e, mesmo sabendo que lhe dissesse que tinha de estudar ela compreendia, quero mesmo estar lá neste dia em que ela vai fazer uma jantarada e reunir o pessoal que ela mais gosta. É  que depois só a vejo nas férias e só de pensar nisso já sinto saudades.

Espero conseguir ir arranjando um tempinho para ir dando uma olhadela pelos vossos cantinhos*

Saldo: 5 horas

Estado: Bem comigo mesma.

É uma realidade, uma bomba que me caiu em cima, mas que lá no fundo já estava à espera... Só me negava a aceitar. As minhas notas dos exames de 2006 já não são válidas nem para voltar a concorrer cá nem para a outra terra da nossa peninsula. E eu estou sem fazer nada. Tenho 7 semanas para mostrar o que valho, ou não...

Parte de mim diz que isso é um suicídio, outra tem esperança. Uma constatação fica, estou parada há demasiado tempo e, para o bem ou para o mal, fico com a cabeça ocupada e com um objectivo. Ainda que irrealista, podem dizê-lo. Sei que as probabilidades estão todas contra mim, sei que é quase impossivel conseguir, se não o for verdadeiramente... Mas vou aquecer o motor...

É tão fácil ceder à tentação depois das refeições para dormitar. A mim não há café que me faça efeito. Se me deito ferro-lhe de tal maneira que só acordo no dia seguinte x) Dá-me mesmo prazer dormir. Acho sinceramente que quem eventou o descanso, inventou, certamente, uma as melhores coisas o mundo (sim, eu disse "uma das" LOL). Ainda bem que a idiotice dá para estas descobertas. Chegar à cama ou ao sofá e deixar que o corpo ceda à perguiça e relaxe. Há coisa melhor? Mas nem tudo são rosas. Já me aconteceu estar completamente estourada, deitar-me, tentar fechar os olhos e sentir um trémolo miudinho, tão irritante mas tão tão tão irritante. Gosto do cheiro dos lençóis lavados, acabadinhos de trocar.

Sou muito exigente com almofadas altas. Quando não tenho uma boa almofada, durmo, mas nunca é tão reconfortante. Não pensem que sou assim toda esquesita, estou mesmo a mostrar as coisas ideais quando quero ter uma noite bem passada. Já acampei durante muitos anos e continuo a adorar fazê-lo. Eu e o meu saco-cama, velhinho mas ainda está ali para as curvas! E hoje ando por aqui a vadiar, meia acorada meia a dormir acordada =P As horas de sono variam de pessoa para pessoa, mas o ideal é sete a oito horas. Eu estou um pouco acima da média LOL Contem-me lá agora, quantas horas dormem em média? Resumindo, não sou como aquela popular frase "maria-vai-com-todos", mas antes "maria-vai-com-o-sono" =P

"Eu ja me ri ate doer a barriga, ja nadei ate perder o folego, ja chorei ate adormecer e acordei com a cara inchada, ja me queimei a brincar com velas, ja falei com o espelho. 

Ja me escondi atras das cortinas e esqueci-me dos pes de fora. Ja passei a correr pelo fio do telefone e cai de cara no chao. Ja apanhei banhos de chuva, ja fiz confissoes antes de adormecer, fiz loucuras que so eu sei, ja confundi sentimentos, ja andei no caminho errado e continuo a andar pelo desconhecido. 

Ja raspei o fundo da panela, ja chorei a ouvir musica, ja ri em alto e bom som. Ja tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas sao as mais dificeis de se esquecer. Ja cai da escada de rabo, ja disse disparates, ja meti os pes pelas maos, ja me arrependi de morte e corei ate ficar roxa.

Fiz juras eternas, chorei sentada no chao da banheira. Ja fugi de casa para sempre, e voltei no instante a seguir. Ja sai para andar sem rumo, sem nada na cabeca, a ouvir os meus passos. Ja corri para nao deixar alguem a chorar, ja fiquei sozinha no meio de mil pessoas a sentir falta de uma so.

Ja ouvi elogios que nao consegui aceitar. Ja vi o por-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, ja tive medo do escuro, ja vi o arco iris mesmo por cima de mim, tremi de nervosismo, quase morri de amor.

Ja acordei a meio da noite e fiquei com medo de me levantar, ja gritei de felicidade, ja abracei mais que uma pessoa ao mesmo tempo, ja me apaixonei e achei que era para sempre, mas era sempre um "para sempre" pela metade.

Ja me deitei de madrugada e vi a Lua virar Sol, ja vi amigos partir, mas descobri que rapidamente chegam novos, e a vida e mesmo assim, um ir e vir sem razao... " 

Estou muito confusa e com dificuldades de me decidir em relação ao meu futuro a nível profissional. Estou em Medicina Veterinária com 3 matrículas e adoro mas, sempre tive o bichinho da Medicina desde que me conheço, nunca morreu. Agora que parei de estudar este ano, pelos motivos que já aqui referi, voltei a pensar seriamente em Medicina. Mas há dias em que acordo e digo: " é mesmo Med.Vet." e outros: "não, é mesmo Med." Sim, estou com sérias dificuldades em solucionar este problema e já estou mesmo, mesmo parada há 5 meses. Devo tentar pela última vez? E depois senão conseguir fazer o luto definitivamente da Medicina. Não tentaria para cá, mas sim para Espanha. Era a última vez. E Med. Vet. que também tanto gosto? Ai que porra de vida. 

Estava a pôr a leitura em dia, a começar um novo livro e, quando dei por mim, já tinha lido algumas das primeiras páginas. Repentinamente parei e disse: "O que leste?" Foi uma branca total. Se me perguntassem o que era referido naquelas páginas eu não saberia pura e simplesmente responder. Isto aconteceu porquê? Estava a quilómetros de distância, os meus pensamentos estavam tão distantes mas ao mesmo tempo que pensava, estava realmente a ler todas as palavrinhas, todas as frases, parágrafo a parágrafo.

A nossa mente é realmente um tesourinho. E ainda hà malta que arregala a sobrancelha e não acredita que uma mulher possa fazer duas coisas ao mesmo tempo. Cá têm a prova seus descrentes =P Desta não esperavam né? LOL

A concentração pode não ser a mesma para as duas tarefas mas que é possível, lá isso é.

Por favor, para bem da minha saniedade mental, digam-me que isto também já vos aconteceu, mulheres deste país! ;D

Ocorreu-me agora no fim de cada post começar a por uma tira de Garfield, que adoro LOLOL Cada um com a sua panca, ok?;D

Não sei se também vos acontece mas há dias em que tenho a certeza que tenho um parafuso a menos! Estou tão histéria e ansiosa que até meto medo ao menino Jesus! Se alguém encontrar o dito-cujo por aí perdido é favor devolver-mo o quanto antes. E estes são dias em que uma pessoa sente que não consegue cumprir os mínimos da normalidade...

Haja pachorra... É deixar que passe! Obrigada pela vossa compreensão.

Quando vejo alguém que gosto sofrer por amar tanto alguém (até demais) e quando esse alguém é o meu melhor amigo fico com vontade de esgatanhar-lhe a "alma gémea". Quando somos nós a dar na cabeça aos nossos é uma coisa mas quando vêm de fora dizer e desdizer sou pior que uma leoa. Sou capaz de comer um e esfolar dois pelo caminho.

Ele faz tudo por ela, mas quando digo tudo é mesmo tudo, chega-se a esquecer dele próprio e só vive em função dela, a satisfazer os caprichos. Como é que é possivel uma pessoa viver só para amar? Até que ponto nos  anulamos numa relação em função do outro? Vale a pena estar com alguém que por muito que gostemos só nos faz sofrer? É uma lista infinita de perguntas que nunca mais terminaria...

Ela só lhe aponta os defeitos, nunca está satisfeita. Ou é porque "ele devia ter feito naquela altura isto e fez depois" e "porque foste com eles e quando te pedi não foste comigo". Sempre a cobrar-lhe este mundo e o outro. Depois, ele não é nada orgulhoso, ao contrário dela. Quando uma pessoa começa a ser ditadora na relação é porque já passou qualquer limite de respeito pelo outro. Tem de ser tudo como ela quer? Para isso faça-o sozinha, não precisa de uma cachorrinho para mandar: "Oh Bobi anda aqui" "Oh Bobi não faz xixi".

Gente, isto não é saudável. E sofrer por masoquismo e acomodar-se ao "ela é assim, já sabes como ela é" e esperar que "uma dia pode ser que ela mude" sejamos duros, não acontece. Vendo as coisas nuas e cruas... ele está completamente apaixonado, dois anos depois ela têm-o na mão e faz dele a sua mascote, só têm sexo quando a madame se lembra. Como é que ele se foi acomodar a isto? E pergunto-lhe: "És feliz?" ao que me responde "Não, mas queria ser". Tem sempre esperança, tem sempre a última palavra de conforto nas discussões, faz das tripas coração para passar tempo com ela e conciliar mil e umas responsabilidades, surpreende-a, mima-a, ama-a. Será isto amor?

Liberta-te por favor, custa-me tanto ver-te assim... Quero que acordes e voltes a viver e não queiras apenas sobreviver. Mas só quando tu decidires que chega mas que che-ga é que te vais encontrar. Podemos aconselhar, dizer, falar, berrar, dar dois estalos mas só estamos prontos para pular a cerca quando nos mentalizamos que não conseguimos mais.

Ele está a dar-lhe para atrás e a sofrer horrores com isso, anda despedaçado até à alma. E ela, mais uma vez, quando o vê a libertar-se passa de ditadora a 100% obediente. Mas, como ele nunca se tinha aguentado tanto tempo, sem acabar por ceder, ela agora está numa de o magoar por "vingança" da falta de atenção, de mimo, de tudo ao que estava habituada.

Só queria que ela lhe desse o devido valor e muda-se por ela e por ele. Não, não desejo nada disto, desejo é que os dois venham a ser fe-li-zes, juntos ou não.

Adoro-te B., estarei sempre aqui aconteça o que acontecer, venha o que vier.

"O FC Porto ganhou o 24º título da sua história, o quarto consecutivo, o 17º da era Pinto da Costa e o terceiro de Jesualdo Ferreira. Ganhou-o ao longo de 28 jornadas com muitos altos e alguns baixos e confirmou-o ontem com um golo solitário de Bruno Alves num jogo que o Nacional fez questão de complicar até ao último fôlego, justificando o nervosismo que a equipa de Jesualdo Ferreira acusou ao longo de toda a partida. No final, quando Artur Soares Dias apitou pela última vez, confirmando a conquista do segundo tetra da história do clube, o Dragão suspirou de alívio e a festa tomou conta do relvado primeiro, das bancadas depois, da cidade inteira a seguir e, por fim, do País até ecoar pelo Mundo inteiro. Mas este não foi um título fácil de confirmar."

E o meu F.C.P. é CAMPEÃO! 

Não vou pedir desculpa pela azia que este post possa eventualmente causar =P

Até sou uma pessoa que adora conhecer novas culturas e tenho um espírito aberto mas estava agora a ver no "travel" uma rapariga que visitou o México e foi a um mercado ou feira. Para mim, é dos melhores sitios a ir em qualquer lugar. O contacto com as pessoas, a genuidade dos aromas, a variedade das cores, a pobreza ou a riqueza, novos sabores.

Parou tudo... Novos sabores? Então a rapariga comeu... um escaravelho vivo. Eu adoro animais mas insectos nunca foi o meu forte. Sim, não se pode ser perfeita. 

Só para dizer que aquilo é demasiado exótico para mim.

Estou aqui sentada no sofá com as pernas à chinês e tenho duas das minhas gatas ao meu lado, uma de cada lado para ser mais precisa. Estão a dormir regaladinhas.

A Pandora está no que me atrevo a baptizar de posição fetal felina, de tal maneira enrolada que parece quase bater a rotação da cabeça de um pombo. Queixos para o infinito e barriga um pouco a mostra a pedir festinhas.

Já a Pipoca está em decúbito lateral, a dormir tão profundamente que até se nota a 3ª pálpebra e os bigodes a tremelicar e as patitas a mexer. Cheira-me que estará a caçar qualquer coisa. Um belo sonho não é?

Gosto da companhia delas, de sentir que estão perto de mim, de as confortar com a minha presença, amá-las todos os dias e receber o amor que também me dão. Elas e os outros pimpolhos. São todos à sua maneira muito especiais.

Adoro animais. Adoro gatos. Tenho dito.

Sempre tive bastante abertura com os meus pais. Nunca tivemos pudores e sempre falámos da sexualidade, por exemplo, de forma muito natural. Normalmente, sendo rapariga sempre ouvi amigas a confidenciar-me que nunca o pai (e até mesmo a mãe) as via nuas, que quando iam ao quarto de banho trancavam sempre a porta a sete chaves (eu não tranco, encosto) ou mesmo quando se vestiam ou despiam no quarto a porta tinha de estar fechada (encostada outra vez).

Eu compreendo e respeito que queiram ter alguma privacidade, que os pais sempre as habituaram assim ou, simplesmente, não se sentem bem, por vergonha ou desconforto. Cada um é como é e, não estou a criticar minimamente, só constato um facto. Sinto é que a nossa familia (eu, pai e mãe) tem um à vontade que considero saudável.

Sou das raparigas que até aos meus 14 anos (altura em que perdi o meu pai) ainda tomava banho com o meu pai, sem qualquer tipo de constrangimento ou problema. Ele entrava na casa de banho se eu lá estivesse ou vice-versa seja para lavar os dentes, pentear o cabelo (não que ele tivesse muito) ou me dar um beijo na testa enquanto estava no duche, porque ia trabalhar: "Filhota, vou sair agora, tem um bom dia. Juízo." ou quando eu mandava um berro a dizer que não tinha toalha para me limpar. Ou o famoso: "Chega-me um rolo de papel higiénico sff" LOL Estes são alguns dos exemplos entre tantos outros.

Nunca nenhum de nós ficava a porta à espera e a resmungar, do género: "Ainda vais demorar muito?", "Abre a porta, anda lá!" a não ser que dois de tivessem a intenção de fazer exactamente as mesmas coisas LOL

Mas vou admitir que quando tinha as minhas semanas em que o Benfica jogava em casa, não o partilhava com nínguem. Falo, essencialmente, de uma abertura em relação ao nosso corpo, da forma como olhamos para ele e como os outros nos olham.

Não eramos tolinhos ao ponto de andar a fazer nudismo pela casa a torto e a direito mas, quando calhava de acontecer, não ficamos constrangidos, era posso mesmo dizer banal.

Seremos assim tão diferentes...? E depois? Até me parece saudável...

A temperatura lá fora estará certamente mais baixa do que a minha corporal =/

E ainda dizem que o calor humano ajuda a curar muitos males. Quando alguém vos confidenciar isto não acreditem. Neste momento não desejo que me aqueçam mais. Espero que não passe de hoje.

Isto é uma amostra de como fica a minha casa de vez em quando... LOLOL

Mas eu adoro os meus meninos, tanto =D

Nunca é tarde para por algum do meu passado de lado e seguir em frente.

Nunca é tarde para ser me amares como eu mereço ser amada.

Nunca é tarde para conviver como se não houvesse o dia de amanhã.

Nunca é tarde para te demostrar o quanto és importante para mim.

Nunca é tarde para tomar decisões, sejam elas certas ou erradas.

Nunca é tarde para acordar e sentir que posso voltar a ser feliz.

Nunca é tarde para rever os bons e velhos amigos e os novos também.

Nunca é tarde para me sentir jovem e com vontade de conquistar o mundo.

Nunca é tarde para chorar pelos que nos magoaram mas que nos fizeram crescer.

Nunca é tarde para tirar o ódio e o rancor do coração. Ele é pequeno demais para ter lá isso.

Nunca é tarde para perdoar os outros e perdoarmo-nos a nós próprios pelos erros cometidos.

Nunca é tarde para viver e continuar a sonhar.

Nunca fui crente na minha vida. Também os meus pais decidiram que devia ser eu a decidir que religião escolher e não me bapatizaram. Eu vou confessar que na minha juventude ainda me sentia um pouco aparte, porque aos sábados não tinha de ir à catequese como todos os meus amiguinhos. Ficava sem fazer nada, a dormir em casa ou simplesmente a dar uns passeios deliciosos. Mas rapidamente as conversas amadureceram e, basicamente, o que ouvia da catequese era o: "Não perdes nada 'S, aquilo é uma seca!" Poucos eram os que me confidenciavam que gostavam, iam porque os pais os obrigavam.

E então o que se faz lá? Perguntava eu... "Falamos na vida de Deus e em situações do dia-a-dia, ensinamos os mais pequenos lições da vida! Como ser boas pessoa e pensar no bem dos outros" Hummm... Ok! Mas acima de tudo ficava fula porque todos os namoricos dos meus amigos da turminha eram com as míudas da catequese. Cedo percebia o que era um relacionamento "à la distance" ou só damos uns chochos quando estamos na sacristia; vejo-te no próximo sábado quando o Padre Manel  acabar o sermão. Rapidamente me começei a aperceber que o amor estava em todo o lado, e não tinha de estar, necessariamente, em Deus e só em Deus! E neste Deus! Por isso continuei descrente... e continuarei, mesmo que por vezes tenha a sensação que me poderia socorrer de uma entidade transcendente para não naufragar... Mas não consigo, não sei, acho que sou assim.

Apesar de tudo, carrego comigo um sorriso maroto no rosto, aquele da criança que adora chapinhar nas poças de àgua no Inverno e gosta de andar nua na praia a fazer construções na areia com um chapéu que aperta no queixo, um balde de construções na areia numa mão e, uma bola na outra. Será normal ter dois estados de espírito ao mesmo tempo e tão contraditórios? Uma parte de mim está murchinha e outra vontade de sambar a toda a hora.

Eu agora só queria ter dinheiro e comprar um monte no Alentejo, construir uma herdade, uma casinha térrea bem rústica, deitar-me a ler um livro debaixo de um chaparro e aguardar pelos amigos que há noite chegam com a bela da sangria. Fazíamos um churrasquinho de comer e chorar por mais. Convivíamos ao som de um boa compilação de musiquinhas brazucas e, por fim, deitavamo-nos no chão a olhar para o céu estralado e só me viria um pensamento: "Aqui vou ser feliz!"

 

Por vezes, tenho uma vontade enorme de fazer avançar o tempo, fazê-lo voar, se possível transportar-me para o futuro e ver o que me espera. "A curiosidade mata" dizem! Mas saber o que vem a seguir sempre nos dava uma margenzinha de manobra para nos prepararmos. Esfregar as mãos para as coisas boas e chorar baba e ranho pelas más. Contudo, deixávamos de ser autênticos. Até que ponto será bom sacrificar a autenticidade e a espontaneadade do ser em função do medo do desconhecido? Um pouco insegura é como me sinto neste momento. Talvez confusa.

As nossas expressões perante o que não conseguimos controlar criam, numa fase inicial, um sentimento de impotência, que é precioso pois, assim como a gravidade, é ele quem nos obriga a ter sempre os pés bem acentes na terra, mesmo que a cabeça esteja na lua. Não, não quero sofrer por antecipação ou desistir de viver agora, a envenenar-me, porque só mais tarde conseguirei ser mais realizada, mais feliz. Menos confusinha quiçá.

Isto de viver ao segundo também tem que se lhe diga, a toda a hora somos obrigados a reagir, bem ou mal, nem sempre podemos agir da melhor forma mas que lá reagimos isso sim. Se algo corre mal somos mesmo capazes de sugar até ao tutano as nossas vidas. Tornamo-nos prisioneiros das nossas derrotas e ao espelho só conseguimos ver os nossos pontos fracos, os piores dos defeitos. A esta altura somos autênticos vegetais que se alimentam dos pensamentos moribundos e auto-destrutivos. Porque fazemos isso?

Preciso de ocupar a mente, não dar muito espaço aos pensamentos que me enfraqueçam. Para não me afogar lenta e dolorosamente em recordações e receios. Estou presa na teia sim! Mas e depois? Parece que estou a aguardar que me aconteça o mesmo que ao macho vivúva negra... Que se auto-sacrifica em nome da sua continuidade genética, oferecendo-se como alimento para a fêmea imediatamente após a cópula.

Mas até que ponto tenho eu de me sacrificar para melhorar o meu futuro? Ainda está tudo tão pouco definido, tantas hipóteses em aberto. Mas de uma coisa tenho a certeza, preciso de uma mudança, uma grande mudança. Está na altura de limpar o último pó e seguir em frente.

"As pessoas que não gostam de gatos foram certamente ratos em vidas anteriores..."

Se fores capaz de me apanhar não me faças mal, eu prometo que não te provoco mais! Anda lá... Deita-te de barriga para o ar, enquanto te passo uma deliciosa fatia de queijo suiço pelas bigodaças. Assim já não terás que arreganhar essas garras e prender-me a garganta contra a parede. Há milénios que nos dizem iminigos. Acho que era altura de por um ponto nisto. Façamos logo um parágrafo e continuaremos a escrever a nossa história, desta vez, de forma diferente. Pazes?

Moral: Estamos sempre a tempo de perdoar!

Aprendi que desde que consigamos perdoar as outras pessoas pelos erros que possam ter cometido connosco, perdoarem-nos pelos erros que nós também cometemos torna-se secundário.

 

Os meus são castanho cor-de-mel!

E os Vossos?

Ando mesmo a ficar farta da minha falta de sorte, ultimamente isto não tem estado famoso a nível familiar...! =/

Caramba lá para isto... Só desejo que rapidamente tudo volte à normalidade, não admito outro cenário... Tenho a ligeira impressão que vou voltar a escrever como-senão-houvesse-amanhã! (Fim do desabafo... Over and Out!)

No momento em que mais estava a precisar de conhecer gente nova, dar um refresh nas minhas amizades, surgiu a oportunidade mais-do-que-perfeitinha. Digo isto porque a minha estadia em Coimbra não poderia ter um saldo mais positivo! O ambiente académico é verdadeiramente alucinante, o pessoal tem uma abordagem simpática e a borga esteve presente em cada poro da minha pele, com um suor perdido albures na destilação dos caipirões e outras tantas outras bebidas que perdi a conta. 

Chegavamos a casa o dia já estava bem acordado e a cidade nunca dormia. Qual Nova Iorque qual quê? Nestes dias arriscaria dizer que Coimbra, arrumava com Toquio para canto.

O pessoal da casa onde fiquei foi 5 estrelas, têm mesmo gosto em receber o pessoal e, rapidamente me deixaram à vontade para falar das minhas histórias e maluqueiras, no meio das que eles relatavam! Não havia cá o meu copo ou o teu copo, o espírito era mesmo: "Essa caneca é nossa!" E foi. Tanto que lhe perdi a conta das canecas de sangria que deitamos a baixo na primeira noite. Corremos Coimbra à procura de um restaurante mas estavam todos com jantares de curso. Eram as capas pretas a esvoassar e os sorrisos multiplicavam-se a cada esquina. Vai se lá saber porquê. Ecoavam os despiques, uma garrafa caia no chão, os abraços surgiam, os bares recebiam estes meus olhos sedentos de alegria e brilho!

Ouvi Xutos já no recinto e... Coimbra "Quero-te tanto" =')

Fui conhecer vários sitios emblemáticos da cidade e como boa fã de fotografias, enchi a barriguinha de misérias! Ainda tive tempo de dar uma escapadela à Figueira, onde fomos buscar Safari (que não havia em Coimbra, pois as bebidas levaram uma razia!) para o pessoal levar para o Cortejo!

Conheci um rapaz estupendo, o D. e tivemos logo imensa afinidade. Tal como eu, ele gosta imenso de musica brasileira e temos, por incrivel que pareça, histórias de relacionamentos amorosos bastante parecidas. Parece que vivemos a mesma situação de "pseudo-casamento" e estamos saudosos com a saída da cidade que nos acolheu como caloiros pela primeira vez. A dele, Coimbra como é óbvio, mas agora ele estuda em Espanha. Teve o mesmo receio que eu, mas há um ano. Que as amizades fossem esquecidas mas vendo hoje, passado um ano desde que se foi embora, a união e cumplicidade não se perdeu entre ele e os amigos... Faz-me acreditar e dá-me força para que no que depender de mim isso nunca me aconteça também. Eu também mereço ter marés de sorte não? Assim será certamente. Colámo-nos um no outro porque os nossos feitios e experiencias assim o permitiram. Quero revê-lo, fez-me muito bem a companhia dele.

Outra pessoa que adorei conhecer foi a A. M., estuda em Coimbra e é a fundadora do gang dos óculos e do chapéu. Pois eu andava com um chapéu preto e elas (mais a M. da Covilhã) com uns óculos. O nosso gang espalhou imensa magia! Foi realmente lindo, a união que senti com aquelas duas pessoas. Além de me identificar na borga, também me revi nas conversas mais sérias. De tal modo, que a A.M. veio até à Queima do Puorto ontem e claro estivemos juntas! E já me convidou para voltar a Coimbra nos anos dela que estão ai à porta. A ver vamos. Se puder não tenham duvidas que irei. Ela foi fantástica comigo.

A M. da Covilhã é da mesma altura que eu e tem um sorriso lindíssimo assim como uns olhos verdes de cair para o lado. Somos pequeninas como as sardinhas mas "Bouasss" como ela diria. é a alegria em pessoa e sempre com uma palavra meiga e amiga para mim. Foi bom ser tão acarinhada. Já me anda a convencer para ir à Covilhã. Que bom. Andamos sempre juntas a conhecer o recinto e quando passava um gajo mais engatatão soltavamos um: "Já arrotavas" e não é que a moda pegou? Uma doida a M.! O curso dela é de 3 anos e termina este ano. Até Julho tenho marcadíssima uma ida à Covilhã! A falar em expressões que pegaram esta foi outra: "Porquê Parou? Ninguem mandou parar!!!" ouviasse cada vez que aguem estava mais murchinho ou sem copo na mão! Lindo!

A minha V. também andou sempre comigo de roda no ar! Se não fosse ela, eu não teria conhecido pessoal tão porreirinho. Bem hajas minha querida. Ainda bem que me convenceste a sair do choco e ir. Boa amiga, sem dúvida. As nossas risadas dentro dos sacos cama ou o :"Dorme bem minha 'S, Adoro-te..." são coisas que quando ditas com sentimentos se tornam raras. Obrigada por tudo.

E conheci também a C. que me abrigou e o resto do pessoal de Eng. Biomédica, sem esquecer o V. que apesar de passarmos pouco tempos juntos me pareceu muito porreiro. Também engraçei bastante com o elemento erasmus. LOL O que me ri a falar açoreano. Gostei dele.

Ridiculo seria dizer que a estadia em Coimbra se resumiu a isto, esta é de facto uma síntese minúscula mas o que importa são as pessoas que "trouxe" comigo e os momentos fantásticos que esses ninguem nos tira.

Acho que andas a puxar os cordelinhos aí em cima. Será? Quero pensar que sim! Já merecia. =)

Daqui a 24h já estarei em Coimbra na Queima de roda no ar com uma das minhas amigas da faculdade e com o grupinho da terra dela (conhecer pessoal é o que ando a precisar nestes últimos tempos). Vou levar saco-cama,  o cartão de estudante e boa, muito boa disposição! ;D Na casa onde me pendurei já me avisaram que vai ser de acordar e tropeçar num heheh ;D Sempre me falaram bem do ambiente académico de Coimbra mas por inércia ou por falta de tempo, nunca me tinha decidido a ir! Mas neste ano que estou parada, sim, devido a uma depressão grave fui aconselhada a fazer um ano sabático... Tenho de levantar a cabeça e aproveitar, porque já me sinto melhor, menos tristinha e com vontade de me libertar e sentir que posso ser feliz novamente! E acho que estes dias de festança me vão animar e ajudar a ultrapassar a situação! =) Vamos a ver, espero bem que sim que já estou assim há demasiado tempo! Já Chega! Não acham? =)

Espero rever amigos que estão a estudar na cidade do "Conhecimento" (que nestes dias é mais cidade do "bota abaixo") que não vejo desde que acabei o secundário... Já lá vão 3 anos e as saudades são mais que muitas! Venha lá a noite de Sexta e a de Sábado, porque Domingo é para descansar que Segunda tenho de estar impecável para a Queima do Puorto cuarago! Façam figas para que sejam dois dias de "purrraaa loucura!" Voltarei assim que puder para contar as novidades! Espero que tenham um bom fim de semana prolongado! =)

Coimbra tem mais encanto na hora de... ir à Queima heheh =P