Empresa de Mudanças Procura-se Com Urgência

Por vezes, tenho uma vontade enorme de fazer avançar o tempo, fazê-lo voar, se possível transportar-me para o futuro e ver o que me espera. "A curiosidade mata" dizem! Mas saber o que vem a seguir sempre nos dava uma margenzinha de manobra para nos prepararmos. Esfregar as mãos para as coisas boas e chorar baba e ranho pelas más. Contudo, deixávamos de ser autênticos. Até que ponto será bom sacrificar a autenticidade e a espontaneadade do ser em função do medo do desconhecido? Um pouco insegura é como me sinto neste momento. Talvez confusa.

As nossas expressões perante o que não conseguimos controlar criam, numa fase inicial, um sentimento de impotência, que é precioso pois, assim como a gravidade, é ele quem nos obriga a ter sempre os pés bem acentes na terra, mesmo que a cabeça esteja na lua. Não, não quero sofrer por antecipação ou desistir de viver agora, a envenenar-me, porque só mais tarde conseguirei ser mais realizada, mais feliz. Menos confusinha quiçá.

Isto de viver ao segundo também tem que se lhe diga, a toda a hora somos obrigados a reagir, bem ou mal, nem sempre podemos agir da melhor forma mas que lá reagimos isso sim. Se algo corre mal somos mesmo capazes de sugar até ao tutano as nossas vidas. Tornamo-nos prisioneiros das nossas derrotas e ao espelho só conseguimos ver os nossos pontos fracos, os piores dos defeitos. A esta altura somos autênticos vegetais que se alimentam dos pensamentos moribundos e auto-destrutivos. Porque fazemos isso?

Preciso de ocupar a mente, não dar muito espaço aos pensamentos que me enfraqueçam. Para não me afogar lenta e dolorosamente em recordações e receios. Estou presa na teia sim! Mas e depois? Parece que estou a aguardar que me aconteça o mesmo que ao macho vivúva negra... Que se auto-sacrifica em nome da sua continuidade genética, oferecendo-se como alimento para a fêmea imediatamente após a cópula.

Mas até que ponto tenho eu de me sacrificar para melhorar o meu futuro? Ainda está tudo tão pouco definido, tantas hipóteses em aberto. Mas de uma coisa tenho a certeza, preciso de uma mudança, uma grande mudança. Está na altura de limpar o último pó e seguir em frente.

1 Response
  1. Daisy Says:

    podia ter sido eu a eskrever este texto mas...axo k n me exprexaria nunka tao bem =)
    adorei
    bjs e tka a limpar o ultimo po*