Monte no Alentejo, Um Sonho

Apesar de tudo, carrego comigo um sorriso maroto no rosto, aquele da criança que adora chapinhar nas poças de àgua no Inverno e gosta de andar nua na praia a fazer construções na areia com um chapéu que aperta no queixo, um balde de construções na areia numa mão e, uma bola na outra. Será normal ter dois estados de espírito ao mesmo tempo e tão contraditórios? Uma parte de mim está murchinha e outra vontade de sambar a toda a hora.

Eu agora só queria ter dinheiro e comprar um monte no Alentejo, construir uma herdade, uma casinha térrea bem rústica, deitar-me a ler um livro debaixo de um chaparro e aguardar pelos amigos que há noite chegam com a bela da sangria. Fazíamos um churrasquinho de comer e chorar por mais. Convivíamos ao som de um boa compilação de musiquinhas brazucas e, por fim, deitavamo-nos no chão a olhar para o céu estralado e só me viria um pensamento: "Aqui vou ser feliz!"

 

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