Religiosamente Aos Sábados E... Ao Resto da Semana!

Nunca fui crente na minha vida. Também os meus pais decidiram que devia ser eu a decidir que religião escolher e não me bapatizaram. Eu vou confessar que na minha juventude ainda me sentia um pouco aparte, porque aos sábados não tinha de ir à catequese como todos os meus amiguinhos. Ficava sem fazer nada, a dormir em casa ou simplesmente a dar uns passeios deliciosos. Mas rapidamente as conversas amadureceram e, basicamente, o que ouvia da catequese era o: "Não perdes nada 'S, aquilo é uma seca!" Poucos eram os que me confidenciavam que gostavam, iam porque os pais os obrigavam.

E então o que se faz lá? Perguntava eu... "Falamos na vida de Deus e em situações do dia-a-dia, ensinamos os mais pequenos lições da vida! Como ser boas pessoa e pensar no bem dos outros" Hummm... Ok! Mas acima de tudo ficava fula porque todos os namoricos dos meus amigos da turminha eram com as míudas da catequese. Cedo percebia o que era um relacionamento "à la distance" ou só damos uns chochos quando estamos na sacristia; vejo-te no próximo sábado quando o Padre Manel  acabar o sermão. Rapidamente me começei a aperceber que o amor estava em todo o lado, e não tinha de estar, necessariamente, em Deus e só em Deus! E neste Deus! Por isso continuei descrente... e continuarei, mesmo que por vezes tenha a sensação que me poderia socorrer de uma entidade transcendente para não naufragar... Mas não consigo, não sei, acho que sou assim.

1 Response
  1. Elle Says:

    Eu estou a pensar tatuar duas frases, a primeira 'do silêncio faço um grito" todos os meus amigos concordaam que é uma frase bem clara do meu modo de ser.
    O meu silêncio é mais constrangedor que mil gritos, parece.
    Penso tatuar também "rogai por nós e livrai-nos do mal ".
    Gostei da tua frase. se fizeres primeiro q eu diz como correu, boa?