No Final Fica Tudo Bem

Não considero saudável uma “adesão dissimulada” às mudanças. Mudamos é certo. Mas mudar é muito mais que uma simples transformação, não se dá como da água para o vinho. É um processo moroso, que carece de reflexão e, posteriormente, de acção, de muita acção. Pudemos desejar ser assim ou assado, supôr que fritos ou cozidos seriamos melhores pessoas mas, mudamos porquê? Considero que a vontade de mudar é uma espécie de mecanismo de defesa, até mesmo de sobrevivência, o que por vezes, faz ter a base num príncipio errado.

Senão vejamos. Estamos constantemente a ser julgados e criticados (espera-se sempre que construtivamente apesar disso nem sempre suceder) pelos outros e, fazemos o mesmo, faz parte de nós. Quando falo em julgamentos e críticas não me refiro unicamente ao seu uso depreciativo, porque existem bons julgamentos, assim como boas críticas. Um bom feedback faz inchar qualquer um, não é verdade?

As nossas atitudes são sempre avaliadas, a nossa maneira de ser é adorada por uns e detestada por outros. Nem toda a gente pode gostar do amarelo e não podemos agradar ao mesmo tempo a gregos e troianos. Mas, não me apontem o dedo a  dizer que devo mudar isto ou aquilo só "porque sim" ou "porque assim ia gostar mais de ti" ou "porque assim ias ser melhor pessoa" ou ainda "muda, porque senão mudas não estou para te aturar". Primeira fase, fundamentem esse desejo de mudança. Segunda prancha, discutiremos. Terceira, ponderação.

As pessoas quando entram na nossa vida chegam completas, isto é, são um pacote, com virtude e defeitos (desculpem a comparação palerma de um pacote mas não me acorre mais nenhuma). Se as incentivamos a mudar certos aspectos do seu comportamento temos de ter em conta aspirações motivacionais. Sim, porque eu cá não abro a boca a quem acho que vai entrar a 100 e sair a 200 km/h.

Depende também dos momentos. Exemplo: quando estamos apaixonados (deep "in love mood"), venha alguém dizer para por os pés na terra. Simplesmente, limitamo-nos a abanar a cabeça como quem diz: "sim, sim..." e viver para o nosso mais que tudo como se o mundo se resumisse àquela pessoa. Torna-se então urgente, saber detectar, negociar e procurar atender as necessidades das pessoas durante a transformação, depois de aceitar essa mudança.

Depois vem a  questão da pressão. Até podemos aceitar que temos de alterar certas coisas em nós mesmos mas a pressão não é boa companheira. E nem todos ao mudar, mudamos ao mesmo tempo. Temos os nossos "timmings", o nosso caminho a percorrer. Fazemos um luto e depois é como se renascecemos aos poucos. Vamos reparando com mais atenção, vamos constatando que já não temos as mesmas reacções de antigamente e, num piscar de olhos, já mudamos, já superamos essa fase e estamos diferentes.

Que todas as mudanças sejam sempre para melhor e quando falo em melhor, esse melhor é a sensação de bem-estar connosco mesmos, mesmo que a origem dessa mudança tenha vindo pela observação de outros ou mesmo sugerida por eles. 

Só para relembrar que não devemos desejar que ninguém mude para satisfazer os nossos caprichos, só essa pessoa tem esse poder, se bem entender e quiser. Aceitarmo-nos a nós próprios, olharmo-nos ao espelho e gostarmos do que vemos, deitar a cabeça na almofada e sorrir. Porque, afinal, ninguém tem o direito de mudar ninguém.

Se eu não gostar de mim, quem gostará? =P

Não precisa mudar
Vou me adaptar ao seu jeito
Seus costumes, seus defeitos
Seu ciúme, suas caras
Pra que mudá-las?

Não precisa mudar
Vou saber fazer o seu jogo
Deixar tudo do seu gosto
Sem deixar nenhuma mágoa
Sem cobrar nada

Sim eu sei que no final fica tudo bem
A gente se ajeita numa cama pequena
Te faço um poema e te cubro de amor

Então você adormece
Meu coração enobrece
E a gente sempre se esquece
De tudo o que passou

A Intensidade de Um Tempo que Voa e Continuará a Voar

Vinte e quatro horas são realmente muitas horas, são vinte-e-quatro-horas! Uns dias passam a correr seja pela intensidade das tarefas, dos desafios de todo um conjunto de vivências que exigem muito de nós. Estará o segredo na nossa entrega a determinadas situações? Algumas horas conseguem ser tão solitárias, vazias, arrancam os piores dos pensamentos e consomem a mente com interrogações, dúvidas e inquietações. Essas são as que mais custam a  passar.

Depois, existem aquelas horas que desejamos puder pará-las para sempre. São os momentos em que a felicidade nos bate à porta, de mansinho, a pedir licença. Confiamos nela, mesmo que momentânea, deixamos que entre pé-ante-pé. Porquê? Porque é intensa tal como a solidão e, mesmo que não a possamos sentir a todos os segundos da nossa vida e ao ritmo dos nossos batimentos cardíacos, entregamo-nos a essas sensações. Perdemos literalmente a noção real do tempo, no tempo.

Deixamos que umas quantas horas voem e, sem dar por isso, já lá foram... Algumas horas que vivemos desejamos profundamente que fossem apagadas, ou melhor, que pudéssemos juntá-las a todas, somá-las e aproveitá-las de forma diferente talvez. As horas acabam sempre, de uma maneira ou de outra, por voar. São livres. Estamos no minuto 60 e num piscar de olhos já estamos no 1º novamente. Tudo está sempre a seguir em frente, a mudar. Nós não controlamos o tempo, isso não mas, se nos foi dado o poder de decidir o que fazer com ele, vamos perder mais horas sem o aproveitar?

Mas o tempo não volta atrás, não volta mesmo e, se voltar atrás, que seja para pensar o futuro. O futuro e o presente, esses sim, são tempos de opção, de correcção e de acção. São os tempos que nos desprendem do passado, que nos libertam.

Quando damos por nós, já são quase 20h e o dia está para terminar e pensamos: "Fogo, O tempo voa!"

Quando damos por nós, a sexta-feira já chegou e mais uma semana passou e pensamos: "Caramba, O tempo voa!"

Quando damos por nós, inda ontem o Verão estava a começar e hoje já estamos no Natal e pensamos: "Porra, O tempo voa!"

Quando damos por nós, já terminou mais uma fase de exames e com ela termina mais um ano: "Dass, O Tempo Nunca Mais Voava!"

Quando damos por nós, o tempo continuará sempre a armar-se em andorinha e a migrar além do espaço. Quando dermos por nós, vamos viver o agora, sim?

"O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que tem medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno."

William Shakespeare

As Flores É Que Sofrem

Gosto de orquídeas, sempre gostei. Da suavidade das formas, da beleza dos contornos, das cores leves. Um cor de rosinha, um amarelusco, até as branquelas. São mesmo lindas. É uma flor verdadeiramente bo-ni-ta. Mas, apesar deste lado tão espectacular, fazem-me sustentar uma relação de amor-ódio. Tantas relações assim por este mundo fora, lá tinha eu de arranjar mais uma e, com o raio de uma planta... Enfim, adiante.

Ora amor porque, em tempos, pedinchei, pedinchei e o meu mais-que-tudo na altura lá trouxe da casa dos papás, 6 vasos com a dita cuja. A mãe ainda o adverteu: "Se depois de acabares o curso me trazes uma, uma que seja, estragada, eu dou-te cabo dessas costas!" Eu nunca cheguei a conhecer a senhora, é que na minha primeira relação séria, de 4 anos, tive a minha dose de família, sogros, sogras, cunhadas e, até sobrinhos. Na relação seguinte, a do menino-das-orquídeas, chamemos-lhe assim, que durou 2 anos (sim eu sai de uma para me meter logo noutra, não aprendo...) não voltei a cometer o mesmo erro, a não ser ter conhecido o irmão dele, quando nas férias do nosso segundo ano, foi ver a casa, partilhada por quatro, onde o menino-das-orquídeas e eu viviamos perto da faculdade (pois, eu vivia debaixo do mesmo tecto... não erro numas, erro noutras... eu ás vezes não sei onde tenho a cabeça...).

Adiante, as orquídeas. Mal chegou num domingo com os vasos, colocámo-los tres na varanda dos quartos (a varanda era comum a todos os quartos) e dois na varanda da cozinha e sala (sim, eramos uns sortudos, a casa era espetacular e também no preço, um verdadeiro milagre heheh). Ele sempre as tratou com imenso cuidado, mesmo no Inverno que era uma grande tortura. Eu estava radiante! Depois que sai de lá, em Janeiro, só lá voltei na Queima em Maio e, quando me deparo com os vasos completamente secos, deu-me um aperto no coração... Acontecera exactamente o mesmo como o nosso amor, tinha morrido. Ia morrendo. Fiquei triste...

Falo pela vida das plantas mas, também, pelo significado que tinham sobretudo para mim. O valor sentimental que me traduziam. Acordei nesse fim de tarde. Vi que as coisas, mesmo as mais fragéis, belas e simples, se não se cuidam acabam por desaparecer, por desabar, por enfraquecer. Já o sabia. Nas relações sucede exactamente o mesmo. Eu sou apologista do "quem gosta, cuida". Ele não devia gostar assim tanto das orquídeas e, de mim... já seria outra história.

Ódio. Agora as orquídeas mexem comigo, mexem! Tento não olhar para elas, evitá-las. Ainda têm uma conotação negativa, uma associação aqueles momentos que vivi. Talvez um dia isto acabe por passar. Assim o desejo porque são flores demasiado especiais para as tirar o pódio das favoritas.      

No Meio Destas Incertezas e de Algum Baixo Astral...

Alguém me tem feito sentir bem...

Quero sussurar que é para ninguém mudar o estado de equilíbrio das coisas.

Sentir-me Útil

Não me tenho sentido muito bem estes últimos dias. Estou cansada de estar parada e ver que todos os mais chegados estão em época de exame, mais um vez, com os stresses do costume, a seguir com as suas vidas, a suar pelo curso. Eu parei, eu tinha de parar. Eu sei. Mas sinto falta de me sentir útil para mim mesma. Estou cansada de estar parada. Nunca mais chega Setembro/Outubro, independentemente das mudanças que a minha vida sofrer. Preciso estudar (eu nunca pensei estar algum dia a dizer isto mas...).

Preciso de voltar a estar no activo, com todos os stresses que isso implica. Acho que depois disto que estou a passar, de parar um ano, vou regressar com muito mais vontade, determinação e, acima de tudo, com mais consciência do quanto um curso é importante para mim. Porque nunca fui má aluna, pelo contrário. Porque é que isto me foi acontecer? Porquê? Porquê? Sinto-me triste. Sinto-me só. Mas, melhores dias virão. Preciso ocupar a cabeça e libertar-me destes pensamentos.

Desculpem o desabafo...

Take Time To Realize

Take time to realize
That I am on your side
Didn't I, didn't I tell you?
But I can't spell it out for you
No, it's never gonna be that simple

No, I can't spell it out for you*

Há Sempre Algo Que Faz Falta

Desde que me conheço minimamente bem, sempre senti falta de uma coisa, mais propriamente, de uma pessoa que nunca chegou a existir. Uma criança que não brincou comigo, que não abraçei, que não pude amar. Uma companheira de infância, uma confidente na adolescência. Foi sempre menos um prato na mesa. Olhava inquieta para o relógio como quem está à espera de alguém que já se atrasou. Mas nunca chegaste... Deitada na minha cama à noite, fazia pedidos secretos, pedia um milagre. Chorava. Sentia um vazio muito grande, chamemos-lhe uma felicidade incompleta. Faltava algo. Falta algo. Sempre faltou e continuará a faltar. Nunca lidei bem com a solidão. Alguém lidará? Não que não me fosse dado amor, muito amor... Tinha bonecas a mais, também tinha legos. Podia tê-los partilhado. Até abdicaria da minha preciosa colecção de livros da Anita. Farias puzzles comigo? Pedirias o mesmo gelado que eu, quando fossemos brincar para o parque? Iríamos ser parecidas? Andaríamos sempre à bulha? Ficarias tu feliz por ter alguém ao teu lado ou preferias que eu nunca tivesse nascido? Serias uma boa rapariga, ou só te meterias em confusões?
Não gosto de ser filha única... Mas não tive outra opção.

É tarde, lamento . . .

Não sei o que se passa na cabeça nos homens. Talvez nunca queira saber realmente o que se passa. E depois nós, mulheres, é que complicamos, é que somos as chatas? Tenham juízo masé! Questiono-me, ultimamente, porque é que muitas das vezes, estas aves raras, só se apercebem do que perderam muito tempo depois.

É tarde, lamento...

O tempo torna-se uma coisa tão relativa quando se fala em relações. Umas duram pouco mas são intensas, outras duram muito e são facilmente apagadas da memória. Muito ou pouco, nada justifica certas atitudes. Ignoram, fingem que estão bem e que seguiram com as suas vidas.

É tarde, lamento...

Afinal, dizem eles, "não quero nem saber" ou um "é melhor assim" para justifcar o afastamento, para justificar não suportarem no fundo, bem lá no fundo, a ideia que nos conseguimos levantar e já andamos com um sorriso no rosto.

É tarde, lamento...

Só agora é que está a doer? Só agora é que se lembram que afinal as coisas podiam ter sido diferentes? Santa paciência... Tomaram as atitudes que acharam correctas, as que eram melhores.

É tarde, lamento...

Censurar? Como posso eu censurar, se fizeram o que acharam melhor para vocês? Eu também faço o que é melhor para mim e não me venho meses depois justificar, seja do que for. Explicações tardias só demostram cobardia, falta de tacto e, por muito que tentam abafar, uma falta de sensibilidade que só agora resolve vir ao de cima. Que oportuno! Os momentos são escolhidos a dedo. Cada recado no seu lugar.

É tarde, lamento...

Já não me comovem os desabafos. Não, não os deixo de ouvir, não vou ignorar e muito menos desprezar os "sentimentos". Não fui eu quem escolheu afastar-se. Mas não me mandem areia para os olhos. Gostaram de mim inicialmente porque... era muito burra? Oh gente, convençam-se que há coisas que não mudam. Haja bom senso para acreditar que eu não vou "cair" neste ciclo vicioso. Mesmo assim, ainda continuam a querer fazer de mim parva, burra? Acham que eu não entendo as merdas? A carne é fraca mas, nem tanto... O coração já não bate da mesma maneira. Já não sou a mesma.

É tarde, lamento...

Mas existe uma coisa pela qual não lamento. São os 100 posts! Viva! =)

Ecoponto, Ecoponto!

Vamos lá reciclar =P

Eu Nunca Vou Deixar de Gostar de Filmes de Animação

Por este e muitos outros motivos (sou criancinha sou e depois?=P)

Quem vem comigo ver? :)

A Minha Pontuação

Decidir nunca foi fácil. A cada momento que passa trilhamos um caminho nas nossas vidas que é a repercussão das nossas escolhas. Nem sempre estas decisões são as mais acertadas e isso leva-nos a crescer. Bater com a cabeça na parede nunca fez mal a ninguém mas não existe maior dor que a psicológica. Aprender com os erros, aprender que um dia as coisas não correram como um conto de fadas, que os dias passam e a saudade mói até a alma.

Mas de uma coisa tenho a certeza, ninguém me pode tirar os anos de amor, carinho e cumplicidade, de descoberta, de paixão, de aceitar algumas diferenças mas também não nos acomodar a certas atitudes. Aquilo que foi construído acompanhar-me-á para o resto da vida. Irá fazer sempre parte de mim, daquilo que fui e sou. Mas a “dependência” de outros tempos é agora resumida a uma “ignorância” incompreensível. As pessoas devem construir pontes em vez de muralhas porque os existem apenas “pontos” que não têm de ser necessariamente “pontos finais” e é lógico que assim seja.

Neste momento não quero mais uma vírgula ou três pontinos na minha vida, não quero pausas ou supressões. Na folha em branco que é a vida todos os momentos são para ser vividos e não os podemos apagar, mesmo aqueles que profundamente desejamos que tomassem um rumo diferente. Só a morte afasta a esperança. Mas a “superação” de situações limite só nos torna mais fortes e se for o nosso desejo evoluirmos como pessoas dando mais valor ao dia-a-dia, só seremos melhores pessoas e consequentemente melhores companheiros como amigos ou amantes.

Neste momento chega a altura de fazer um parágrafo ->

Pois... “Há sempre um sonho até ser dia” (:

Falando em Discussões Mais uma vez . . .

Não pude deixar de partilhar convosco esta lavagem de roupa matrimonial... (ou quase ah ah ah!):

Está bem apanhada, não está? Digam lá =P

A Vida É Sempre a Perder

A vida é a perder para viver. O tempo não pára, segue com a pressa de sempre. As vezes tenho uma enorme vontade de o fazer parar, ficar a desfrutar daquele abraço ou daquela gargalhada. Desejava voltar a sentir certas cumplicidades ou aquele amor incondicional que não é necessário ser verbalizado mas sim apreendindo em sintonia e daí vem o desejar “um olhar vale mais que mil palavras” a tudo o resto. 

É bom sentir saudades mas não aquelas que nos trazem sofrimento. Eu aprendi a sentir a minha saudade à minha maneira e isso passou por uma selecção de todos os bons momentos, abstraindo-me dos mais dolorosos. Não me vou martirizar com o “passado mais do que infeliz”. Afinal qual será a necessidade de sentir uma saudade carregada de raiva e dor? Só dói a quem sente. Mas quero e hei-de continuar a sentir saudades, dos momentos, das pessoas, daquele tempo que se perdeu, que eu perdi a viver. 

Continuo a viver apesar de todas as mudanças, de todos os obstáculos. As recordações distantes por vezes juntam-se às mais recentes e baralham-me a vida pondo-a “de pernas para o ar”. Quem nunca o sentiu? Confusa…

Hoje como sempre, só quero sentir saudades…

Uma Boa Discussão Ajuda

Discórdia. É saudável, é partilha de pontos de vista. O bom da coisa é andar à porrada verbalmente educada com alguém. Defender os nossos pontos de vista, mas defendê-los com convição, com garra. Qual tigre da Sibéria pomposo... quando acho que tenho razão sou ainda mais teimosa que o costume, mas coloquem lá uma boa dose de teimosia nisso. Não me fico, não arredo o pé. Se for preciso morder, mordo. Se for preciso puxar os cabelos, puxo. Se for preciso calar-me e ouvir... Pois isso, isso já é pedir demais não?

Às vezes devia ouvir mais, confesso. Mas eu, quando sei que tenho razão, quando me calo para ouvir, já estou a dizer para mim mesma: "Sim, e nunca mais acabas de falar?" ou "Piu, piu, piu...". Não sou de nariz empinado, o saber feito, a intocável. Não, se estou a passar essa imagem desenganem-se, porque se assim fosse a maior parte das pessoas, conhecendo-me um pouco melhor, já acharia que não valeria a pena continuar a discussão, ou começavam com "Sim, tu é que sabes" ou um "Lá estás tu!" que é o que costumo fazer às alminhas que têm a mania de discordar só por discordar ou, simplesmente não têm razão! Ahahah!
Levo uma discussão, no seu sentido positivo ou negativo, muito a sério. Demasiado às vezes. Gosto de defender as minhas causas, ser fiel aos príncipios por que me movo e explicá-los. Explicar porque sou assim, porque adoro ou odeio determinada coisa ou situação. É sinal que estamos vivos e damos o nosso feedback dos acontecimentos que vivemos, por vezes da vida de outros também. Enfim , tudo e mais alguma coisa servirá sempre por discutir. Nem que seja naqueles fatídicos dias antes do Benfica jogar em casa.
Vá, vá e agora estão intimidados o suficiente ou vamos começar a discutir? Ahaha! =P

Humor

O humor é a espera pela gargalhada

É criar, contar, encantar e brilhar

Uma disposição de espírito acarinhada

É um riso que nos faz sonhar

O humor é ter a veia cómica

É um belo estado de graça

Uma pulsação dicotómica

É o segredo e a festa na praça

Este homem arrepia-me toda! Serei a única? =P

Obrigada.

Tenho este blog à 2 meses e pouco e já não consigo viver sem ele. Cuido-o todos os dias com carinho, é o meu pequeno mundo. 

Esta foi a forma de arranjei para agradecer a todos aqueles que gostam de ler o que escrevo, que deixam um comentário, que apreciam este meu pequeno cantinho. Obrigada a todos. Têm me dado muito mais do que imaginam.

Obrigada.

Eu Perdoo-te

Eu perdoo-te. Eu sei que sofreste também. Muito. Mas eu perdoo-te. Perdoo-te a incompreensão, a falta de paciência às vezes, o virar da cara, a mão que deixou de lá estar para me levantar. Perdoo-te a ferida que me abriste no peito por pensar que estarias sempre ali para mim, estivesse eu no pico da minha felicidade ou no poço da minha tristeza.

Não foi fácil. Os dias, as noites. Os dias (que eram tão dolorosos) e tantas outras noites. Senti que te perdia aos poucos, que a nossa amizade se desfazia. Só me disseste: "Lamento." O que eu chorei (e ainda choro às vezes), o que eu tentei reaver tudo (e ainda tento). Mas eu não conseguia, eu nunca iria consegui-lo porque estava a passar por um momento muito doloroso. Condenaste-me por não querer ajuda. Eu também hoje me condeno por isso. Mas se fosse mais cedo, o que mudaria? Ainda sentiríamos o mesmo?

Eu estava sempre a falar no meu sofrimento. Sim, fui egocêntrica. Não estou a dizer que tiveste culpa de tudo. Porque tentaste, tentaste mas, a impotência do me ver a chorar ininterruptamente, tanto te confundiu. Eu estava muito diferente mas não tanto que não soubesses o valor que tinha, o quanto estaria sempre ali para ti (e ainda estou).

Eu precisei tanto de ti, mas tanto e, não te tive. Eu precisei que me abraçasses e me limpasses as lágrimas quantas vezes fossem precisas. Porque eu fiz e faria isso por ti a que hora fosse, quando fosse. Tu bem sabes. Faltei-te alguma vez? Faltei? Subestimei-te de mais? Talvez me desiludisse, assim como tu também te desiludiste com a minha apatia, a minha falta de coragem, a minha inércia, a minha falta de garra, de objectivos, a minha revolta.

Que pesadelo foi sentir que tudo desmurrumava à minha volta. Estava a auto-destruir-me e a obrigar-te a ver-me desaparecer aos poucos. A sugar a minha vida, a deixar-me dormir. Dormir. Dormir. Dormir para não ter que pensar. Tu não fazes ideia do que era perigoso para mim estar acordada, a pensar. Pensar era o pior dos venenos, dos meus pesadelos. Mas sabes, eu não conseguia deixar de ter esses pensamentos, essa profunda tristeza.

Passava os dias sozinha no quarto. Dias e dias e dias. Um dia, fui-me embora. Fugi? Talvez. Mas levantei-me sozinha. Sozinha. Imaginei que fizesses outra coisa, que estivesses lá. Mas, eu... eu perdoo-te. 

Não sei se algum dia a vida te mostrará o quanto perdeste com isto (o quanto eu perdi também, nós acabámos por perder). Não te desejo mal nenhum. Mas também já não tenho pena por nós. A vida é mesmo assim. Há peças que quando se partem nunca mais voltam a ser as mesmas. Gosto-te e gostas-me mas já não somos as mesmas. As mesmas àquela nossa maneira mágica antiga. Dois anos foste minha e eu tua. Éramos as melhores amigas.

E eu perdoo-te, continuo a perdoar-te porque quero. Não sei se algum dia me perdoarás também. É contigo.

Comigo está tudo dito.

 

Fadinhas dos Dentes

Quando era pequenina e me começavam a cair os dentes de leite, eu e a minha mãe seguíamos o ritual de colocar o solitário do dente debaixo da almofada.

No dia seguinte tinha sempre um livro da anita. O que adorova esses livros...

Obrigada fadinhas dos dentes !*

Sem Rodeios

Dou uma mordidela no meu lábio. Tu respondes-me com olhar penetrante. Suavemente, deixo que o meu lábio retome a sua posição natural mas tu mal ele se fixa, aproximaste ainda mais de mim. A troca de olhares fica nublada de tão perto estares que já só te fito a boca. Estou prestes a avançar e tu consegues recusar-me no momento em que tinha o beijo como garantido.

Então, optas por descer lentamente até ao pescoço, onde sinto as tuas expirações e me arrepio. Demoraste com pequenos beijos, rápidos mas ternos. Eu não resisto e acabo por fechar os olhos e sentir. Parada à algum tempo, mostro-te aos poucos que quero ser eu a controlar a situação. Inclino o meu pescoço para o lado em que estás a investir e acabas por parar de beijá-lo.

Olhas-me. Sorris mas eu não te dou tempo, passo-te as mãos pelo cabelo, seguro-te firme na nuca, mas as minhas mãos não param, continuam a avançar-te pela cara e tu fechas os olhos. Agora és tu quem quer sentir. Os meus dedos tocam os meus lábios suavemente. Sentes o calor da minha respiração, afinal estou tão perto. "Sim, agora é o beijo" pensas tu. Retribuo na mesma moeda, chego a minha boca perto dos teus lábios e beijo-te tão perto deles que quase parece magia.

Agoram são os teus lábios que me procuram entre-abertos mas eu fujo. E assim, beijinho a beijinho vou até ao teu ouvido onde sussuro um "Quero-te..." e mordo-te suavemente. Tu tens uma sensação incrível e beijas-me sem rodeios.   

O Anel.

A minha avó hoje resolveu oferecer-me um anel. Sim, um anel daqueles de mudam de cor segundo o humor (assim o pregam). Agora ando com um e ela com outro. Quando era pequena usei disto mas, nunca mais os tinha visto. As modas são mesmo ciclícas. Deixo-vos com o significado atribuído às cores (mas nada de tentar adivinhar a que tenho =P):

Azul escuro: feliz, romântico ou apaixonado 
Azul: calmo ou relaxado 
Azul turqueza: um pouco relaxado 
Verde: normal ou regular 
Âmbar: um pouco nervoso ou ansioso 
Cinza: muito nervoso ou ansioso 
Preto: stressado, tenso ou atormentado

Vocês também já tiveram um? Se sim, que cor tinha regularmente? x)

Se eu me Triplicasse...


Triplo Problema?

ou

Tripla Alegria?

ou

Tripo Equilíbrio?

Vai uma ajudinha?

  1. 50-50.
  2. Ligar a Deus e/ou Diabo?
  3. Ajuda do público.

É preciso saber sempre quando uma etapa chega ao final...

"... se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrar ciclos, fechar portas, terminar capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. Foste despedida/o do trabalho? Terminaste uma relação? Deixaste a casa dos pais? Partiste para viver noutro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Tu podes passar muito tempo a perguntar-te por é que isso aconteceu...

Podes até dizer para ti mesmo que não darás mais um passo enquanto não entenderes as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas na tua vida, a serem, subitamente, transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: para os teus pais, os teus amigos, os teus filhos,  os teus irmãos... Pois, todos estarão também a encerrar capítulos, a virar a folha, a seguir adiante, e todos sofrerão ao ver que tu estás parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem connosco. 

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia
uma ligação com quem já se foi embora e não tem a mínima intenção de voltar. 

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, oferecer muitas coisas a orfanatos, vender ou doar os livros que temos. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está a acontecer no nosso coração... e ao  estares a desfazer-te de certas lembranças significa também que estarás a abrir um espaço para que outras tomem esse mesmo lugar.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. 

Ninguém está nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não esperes que devolvam algo, não esperes que reconheçam teu esforço, que descubram a tua genialidade, que entendam teu amor. Pára de ligar essa tua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como já sofreste com determinada perda: isso só te estará apenas a envenenar, nada mais. 

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceites, promessas de emprego que não têm data para começar, decisões que são sempre adiadas em nome do "momento ideal". 

Antes de começares um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diz a ti mesmo que o que passou, jamais voltará! Lembre-te de que houve uma época em que podias viver sem aquilo ou sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrar ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na tua vida. Fecha a porta, muda o disco, limpa a casa, sacude a poeira. Deixa de ser quem eras, e se transforme em quem és.Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que esse alguém te veja como és...

E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão"

Paulo Coelho

To Take You With Me

Queria fazer um barquinho de papel. Gostaria de colocar lá dentro cada um dos meus sonhos. Acondicioná-los bem, selá-los com uma fita aderente que dissesse em letras grandes FRÁGIL.

É que a mais longa das viagens começa com um passo, o primeiro passo, a primeira braçada que damos no remo. No início pode parecer muito instável, quase impossível de alcançar, demasiado inseguro. Mas com o tempo, há medida que fazemos pequenas conquistas, ficamos mais fortes e destemidos.

Fragilidade de um barco de papel? Onde? Só depende da ambição de quem o constrói.

Ganham-se experiências e somam-se vitórias. É neste momento que mesmo de papel, o pequeno barco chega ao seu destino. A carga é descarregada com cuidado e, como gaivotas os sonhos deixam de estar aprisionados em terra firme e, voam alto. Começa uma nova viagem, porque o sucesso é a própria viagem que fazemos sempre carregados dos sonhos e, não um simples ponto de destino.

Your hands in my hand, and our feet all in line.

I'm ready, to take you with me.

To take you with me.

Foz Dourada da Minha Cidade

Paro o carro, desligo o motor e o rádio. Encosto a minha cabeça no banco e, completamente relaxada, deixo-me fechar os olhos e ouvir o bater das ondas ali tão perto. Acabo mais tarde por os abrir lentamente, numa daquelas perguiças boas e, vejo a espuma derreter ao chegar à areia. Quero sentir o cheiro da maresia, inspira-lo até à alma. Então tiro a chave da ignição, abro a porta. Os meus óculos ajudam-me a definir bem o sol que calca suavemente a linha do horizonte. Aquele momento é meu, acabo de chegar à minha foz, à Foz do Douro.

Junto da areia começo por descalçar-me e sinto na planta dos pés a sensação quente do dia que daqui a nada se esvazia. Num sopro de liberdade sinto o assobio do vento que me chama como uma criança que faz "cu-cu" atrás de uma rocha. Sem muitas merdas alápo-me mesmo perto da rebentação, subo as calças até à famosa posição de "regar o milho" e vou coleccionando umas conchitas. Não sei se será do nervosismo para obter respostas, mas ter algo nas mãos alivia-me. Levanto a cabeça. Estou nas nuvens.

O meu coração pode estar triste, pode estar alegre mas, naquele momento o meu mundo pára. Deixo de lado a minha racionalidade e sonho. Sinto-me bem. Há uma beleza na ondulação, uma dança misteriosa que me fascina. Há uma cor que torna cativa, hipnotizada. Há um reflexo luminoso que me obriga a ter certeza que "o sol quando brilha é para todos". Mas acima de tudo há um segredo que me acalma a alma, me suaviza as dores, me equilibra a balança, me arranca as lágrimas, me dá sorrisos.

Nem sempre vou lá mas quando vou sinto-me como se estivesse na melhor poltrona do melhor psiquiatra da cidade, quiçá da Europa e talvez do Mundo.

Foz dourada da minha cidade

Fico tão ansiosa por te ver

Porque se me dás esta felicidade

É ai que eu irei sempre ter

O Amor é Fo-di-do!

"Nascemos todos com vontade de amar. Ser amado é secundário... Prejudica o amor que muitas vezes o antecede. Um amor não pode pertencer a duas pessoas, por muito que o queiramos. 
Cada um tem o amor que tem, fora dele... É esse afastamento que nos magoa, que nos põe doidos, sempre à procura do eco que não vem. Os que vêm são bem-vindos, às vezes, mas não são os que queremos. 

Quando somos honestos, ou estamos apaixonados, é apenas um que se pretende.Tenho a certeza que não se pode ter o que se ama. Ser amado não corresponde jamais ao amor que temos, porque não nos pertence.

 

Por isso escrevemos romances - porque ninguém acredita neles, excepto quem os escreve.Viver é outra coisa. Amar e ser amado distrai-nos irremediavelmente. O amor apouca-se e perde-se quando quando se dá aos dias e às pessoas. Traduz-se e deixa ser o que é. Só na solidão permanece...

O amor é fodido. Hei-de acreditar sempre nisto. Onde quer que haja amor, ele acabará, mais tarde ou mais cedo, por ser fodido! 

E por que é que fodemos o amor? Porque não resistimos. É do mal que nos faz. Parece estar mesmo a pedir. 

De resto, ninguém suporta viver num amor que não esteja pelo menos parcialmente fodido. Tem de haver escombros. Tem de haver progresso para pior e desejo de regresso a um tempo mais feliz. E um amor só um bocado fodido pode ser a coisa mais bonita deste mundo."
Miguel Esteves Cardoso

“Dance Like No One’s Watching”

Era o que me apetecia fazer hoje. Arrancar a diversão garantida nos passos (des)ordenados que dou com o meu corpo. Á minha maneira, boa ou má, queria ser a melhor adepta dos balanços ritmados. Entrego-me a uma estranha decadência e, esqueço, definitivamente, o resto do mundo.  

Só desejo fechar os olhos e dançar. Apenas dançar. Quero sentir-me perdida na música, sentir as mãos dele na minha cintura (o que eu adoro mãos na cintura), e deixar-se entrar no meu ritmo, admirando-me como se fosse a mais encantadora de toda a pista. Sem desviar o olhar. Sem nunca desviar o olhar. Apenas dançaria. Junto a ele. Com ele.

Could You Feel The Sexual Tension?

Este ele é um ser hipotético, para mal dos meus pecados.

Ao ponto a que tu chegaste minha filha, Valha-te Deus.

LOLOL 

O Ponto Crítico

Como conseguimos definir a proximidade entre duas pessoas? Quando é que realmente nos apercebemos que estamos a progredir nas relações? Isto é por fases? Ou serão medidas em proporções? Um corte aqui, outro acolá e acomodamo-nos às situações. É assim que ficamos? Não se evolui mais. Tu não avanças, eu não avanço. Ok.

O espaço pemitido para que me conheças termina aqui, nesta linha vermelha e é só até aí que poderás ir. Nem mais, nem menos (da boca para fora diz-se tanto mas, o coração aos pulos dentro do peito mostra o oposto). Não nos queremos magoar. É simplesmente isso. É uma fachada. Mas quando toca ao amor, mexe com muito mais do que ir pé-ante-pé ultrapassando a marquinha vermelha. É o risco que nos move, é a esperança, é a descoberta, os limites que gostamos de quebrar. O desafio. O rato e o gato. Hoje dás-me para trás, amanhã serei eu.

Normalmente há sempre um ponto crítico em que uma das pessoas tem medo de avançar e ser mal intrepretada mas também há outra que tem receio de se deixar de aconchegar a uma prisão solitária, que só sustenta e sacia as suas necessidades básicas mas, não lhe dá conforto, carinho, paixão, talvez amor. Esta última quer mais, por uma necessidade tamanha chega ao ponto de exigir as mesmas respostas, talvez deseje secretamente um sentimento na mesma medida. Porque houve este sinal. E aquele também, não te lembras? Ou também te vais esquecer do outro? Olha que te fazia agora uma lista! Existe, essencialmente, medo de ambos os lados e um ego que é ferido por alguns recuos mais intimidantes.

E tornamos ao velho ponto, o dito crítico, em que se a coisa simplesmente não avança fica um clima estranho. O que será que estará a pensar? Terei feito isto a mais ou aquilo de menos? Temos receio de que a coisa possa evoluir e mesmo assim ouvir muitas vezes o "eu sempre fui sincero/a, já te tinha avisado..." ou um "vamos com calma..." que diga-se, cai que nem uma bomba.

Mas afinal porque me preocupei? Porque raio me deixei levar numa ilusão? Por tentar, por me esforçar em ser feliz? Não, não me arrependo nem nunca o farei. Há coisas na vida que não voltaríamos a fazer se pudéssemos mas, existem outras que nascem imutáveis. São nossas, estão gravadas na nossa pele, correm nas nossas veias. A persistência. A tentativa faz parte de mim, faz parte de nós.

Deixemo-nos de medos estúpidos. São precisas duas pessoas para sermos felizes a dois mas, existe sempre uma delas que dá o passo em frente. E durem o que durarem essas relações de avanços e recuos, significarem o que poderem vir a significar, nunca ficarão na sombra de um "e se". Isto, SE algum dos dois decidir mudar a situação, tenha ela o desfecho que tiver.

Para mim a indecisão é das piores coisas do mundo e quando o cocktail mistura amor, quando toca e bate fundo nessa ferida, fica a existir o "olhar para trás" de braços dados com o arrependimento.

Porque as oportunidades surgem e, se não vivermos o momento, acabamos por nos refugiar e acomodar nos pensamentos (demais, um demais demasiado racional) que nos impedem de dar o passo em frente, aquele passo que decide tudo para o "bem" e para o "mal".

Mas quando é decidimos dá-lo? Há aproximações de duram uma eternidade, outras são estagnadas pelo tempo e ainda há que referir aquelas em que existe tudo, mas tuuuuudo menos tomates...

Haja paciência (e... tomates!)

Eu tenho a impressão que hei-de continuar, umas vezes talvez mais camufladas que outras, a ir à luta. Acho que todos de uma forma mais ou menos implicita o acabamos por fazer porque, afinal... só queremos ser felizes :D

Se Fosse Uma Personagem do Sexo e a Cidade, Qual Seria?

Descubram já aqui

O meu resultado deu nisto:

"Você é Carrie: 
Você até é muito descontraída e divertida, mas no que diz respeito às relações gosta de sentir compromisso e seriedade. Ainda pensa muito no passado e isso impede-a de andar para a frente. É inteligente mas deixa-se levar pelo coração."

WOOOW (Me-do!)

e depois contem-me qual foi o vosso resultado Hihihi =P

Estavam à espera?

Viver Contigo

Ainda não tive oportunidade de vos contar que escrevi um livro. É verdade não é nada do outro mundo mas é o meu tesourinho. Finalmente, após uns valentes meses terminei-o e fiquei radiante. São memórias que decidi por em papel do meu Pai.

Quando a minha mãe fez 50 anos ofereci-o de presente juntamente com um cesto de 50 rosas vermelhas (eu já tinha dito que era uma romântica incurável), com uma boa formatação e umas fotografias à mistura ficou realmente bonito e depois de encadernado revela-se um verdadeiro mimo.

O título com que o baptizei foi "Viver Contigo". Posso-vos confessar que andei uns dias à procura do título ideal mas por mais banal que soe este meu "Viver Contigo", é de facto o mais sincero e o que resume toda a descrição que apresento, palavra a palavra.

Deixo-vos com a espécie de introdução que fiz...

Este livro surge como um refúgio. Uma espécie de hobby terapêutico. Nas horas em que mais a saudade aperta fui escrevendo as memórias que tenho tuas. Todos os momentos que passámos juntos e que agora, infelizmente, só podem ser recordados. E que dor que isso me causa, que sentimento de desconforto e revolta não te puder ter aqui ao meu lado a ver-me crescer e, eu, a acompanhar a tua velhice. Que vazio que sinto e que grande é a minha mágoa. O aperto é cada vez mais amargo no meu peito, apesar dos anos conseguirem, de certa forma, camuflar esta minha dor crónica. Ninguém devia fechar os olhos com 56 anos e ninguém merece perder um pai com 14 ou um marido com 43…

Com o passar dos anos, todas as recordações vão perdendo força, ficando cada vez mais enubladas na minha mente. E é por não querer que a minha memória me traia, é por não querer, absolutamente, perder mais nada que me ligue a ti, que escrevo estas pequenas histórias como forma de manter as tuas recordações vivas e acessíveis ao toque, onde possa derramar uma lágrima mas, também rir. 


A leitura sempre me transportou para um mundo onde não existem fronteiras e, ao ler o que escrevi, posso imaginar que te estou a tocar e que recebo, simultaneamente, uma festa na cabeça ou até mesmo sentir o cheiro do teu corpo, construir uma imagem mental da tua figura e, principalmente, ver-te em acção. Tornei-te a personagem principal das nossas histórias, das nossas vidas, o que aliás sempre acabaste por ser. Não tenho receio em idolatrar-te porque sei o bom homem que eras e o grande pai que foste. Tu merecê-lo. Agradeço-te tudo o que fizeste por mim e pela mãe, que não foi pouco. Viver contigo era um privilégio, uma bênção. Estas páginas são, incontestavelmente, uma homenagem que, desta forma, se torna imortal e que te presto a ti, pai, minha grande paixão. Amo-te, amo-te, amo-te...

Solta-se o Beijo

Uma eterna romântica é o que sou. Tenho os pés bem acentes na terra (quiçá demasiado) mas não me envergonho de dizer que quando gosto, cuido muito... Surpreendo... Sou lamechas... Gostava de voltar a sentir-me apaixonada..... Gostava...

Espreito por uma porta encostada

Sigo as pegadas de luz
Peço ao gato "xiu" para não me denunciar

Toca o relógio sem cuco
Dá horas à cusquice das vizinhas e eu
Confesso às paredes de quem gosto
Elas conhecem-te bem

Aconhego-me nesta cumplicidade
Deixo-me ir nos trilhos traçados
Pela saudade de te encontrar
Ainda onde te deixei

Trago-te o beijo prometido
Sei o teu cheiro mergulho no teu tocar
Abraças a guitarra e voas para além da lua

Amarro o beijo que se quer soltar
Espero que me sintas para me entregar

A cadeira, as costas, o cabelo e a cigarrilha
A dança do teu ombro...

E nesse instante em que o silêncio
É o bater do coração
Fecha-se a porta
Pára o relógio

As vizinhas recolhem
Tu olhas-me...

Tu olhas-me...


Conclusão: Se um beijo se pudesse soltar, se tudo num momento pudesse acontecer... E eu voltar a acordar e dar um chega para lá à solidão. Era tudo mais fácil. Era tudo mais feliz. Mais colorido. Eu ando mesmo parva. LOL
É a Primavera plus hormones! E eu que me lixe -.-'

A Vida Por Um Fio

Se eu tivesse medo de andar de avião não tinha feito algumas das viagens que já realizei. Nem me imagino a perder momentos inesqueciveis que sempre nos são dados de bandeja quando viajamos só por receio do que possa eventualemente vir a acontecer. Compreendo quem tenha fobia e não critico minimamente mas, tenho de admitir que se pudesse viajaria muito mais vezes de avião. Deixem-me sonhar, não quero ter medo.

Todos sabemos que estamos aqui a viver as nossas vidas mas que um dia tudo isto acaba. É realista, é constactar um facto. Mas desaparecer assim como aconteceu nesta recente tragédia do avião da Air France dá um nó em qualquer garganta. E o desespero das familias por não ter um corpo.

A vida é por um fio por muito que montemos a carapaça da imortalidade.


"Desenho no horizonte
Uma viagem
Que faço sem me mover

E passo sobre a ponte
Para outra margem
Onde pudesse perder
O peso dos dias
A dor do caminho
Que fica agarrada à pele
Se a vida voasse
Para além do destino
Como a cabeça nos voa
Numa folha de papel


A vida passa sempre
Tão apressada

Que pouco podes conter
Os dias são ausentes
Sabem a nada
Se te esqueceres de viver
Agarra o teu mundo
Acende os lugares
Onde se escondem os teus sentidos
E não tenhas medo
Se às vezes falhares
O que importa é o caminho
Que fica
Entre achados e
perdidos"

Mafalda Veiga

Cerejadas

Eu ando viciada em cerejas. Apanho cada barrigada que nem é bom lembrar! Adoro-as a todas desde as mais carnudas e vermelhas escuras até às mais raquiticas e ácidas! Não sou muito esquisita nestes assuntos! Mas ponham-me uma papaia à frente que... era uma vez umas cerejas heheh =P

Gosto muito de fruta mha mha mha!

Vivam as cerejeiras deste país que sem elas eu não poderia ter momentos tão gulosos como estes!

E tu, já comeste fruta hoje?

Eu Não Me Abstenho!

Não é que eu ligue à política por ai além, nem muito menos esteja em cima de todos os acontecimentos políticos como uma lapa. Não me colo a uma superficialidade sobre as questões (que nos levam, ou mais coerentemente dizendo, me levam, às urnas) mas recuso-me a ser fanática (o bode velho que vota sempre no mesmo partido como se gostasse de andar com duas pálas ao lado dos olhos).

Não digo que tenha uma corrente de pensamento com a qual me identifique mais mas, constato que, no fundo, sou demasiado leiga nestas coisas de política do que gostaria de ser. Ainda assim, nada para mim justifica alguém ter o poder de exercer o direito de voto e... simplesmente não o fazer.

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Fico, fico lixada com uma abstenção destas porque me parece que ninguém se preocupa com merda nenhuma neste país e depois passam a vida a queixar-se a torto e a direito que estamos cada vez mais na cauda da Europa pelos piores motivos.

Chega de vitimização...

Custa muito levantar a peida e ir votar? Qual a razão de tanta indiferença?

Eu não me abstenho, nem nesta opinião!

Feliz dia! =P

Hoje recebi esta sms: "Fiz uma coisa q nca devia ter feito... Sei q depois disto q te vou dizer nunca mais me vas perdoar... Não tive culpa, mas precisava se tomar um a atitude... Acabou. Desculpa a sério... Pus a tua chucha no lixo!;D Passa a todas as crianças que tenhas na tua lista e nada de reclamar! =) Feliz dia da criança!"

Um grande dia para todos! HEHEH *