A Intensidade de Um Tempo que Voa e Continuará a Voar

Vinte e quatro horas são realmente muitas horas, são vinte-e-quatro-horas! Uns dias passam a correr seja pela intensidade das tarefas, dos desafios de todo um conjunto de vivências que exigem muito de nós. Estará o segredo na nossa entrega a determinadas situações? Algumas horas conseguem ser tão solitárias, vazias, arrancam os piores dos pensamentos e consomem a mente com interrogações, dúvidas e inquietações. Essas são as que mais custam a  passar.

Depois, existem aquelas horas que desejamos puder pará-las para sempre. São os momentos em que a felicidade nos bate à porta, de mansinho, a pedir licença. Confiamos nela, mesmo que momentânea, deixamos que entre pé-ante-pé. Porquê? Porque é intensa tal como a solidão e, mesmo que não a possamos sentir a todos os segundos da nossa vida e ao ritmo dos nossos batimentos cardíacos, entregamo-nos a essas sensações. Perdemos literalmente a noção real do tempo, no tempo.

Deixamos que umas quantas horas voem e, sem dar por isso, já lá foram... Algumas horas que vivemos desejamos profundamente que fossem apagadas, ou melhor, que pudéssemos juntá-las a todas, somá-las e aproveitá-las de forma diferente talvez. As horas acabam sempre, de uma maneira ou de outra, por voar. São livres. Estamos no minuto 60 e num piscar de olhos já estamos no 1º novamente. Tudo está sempre a seguir em frente, a mudar. Nós não controlamos o tempo, isso não mas, se nos foi dado o poder de decidir o que fazer com ele, vamos perder mais horas sem o aproveitar?

Mas o tempo não volta atrás, não volta mesmo e, se voltar atrás, que seja para pensar o futuro. O futuro e o presente, esses sim, são tempos de opção, de correcção e de acção. São os tempos que nos desprendem do passado, que nos libertam.

Quando damos por nós, já são quase 20h e o dia está para terminar e pensamos: "Fogo, O tempo voa!"

Quando damos por nós, a sexta-feira já chegou e mais uma semana passou e pensamos: "Caramba, O tempo voa!"

Quando damos por nós, inda ontem o Verão estava a começar e hoje já estamos no Natal e pensamos: "Porra, O tempo voa!"

Quando damos por nós, já terminou mais uma fase de exames e com ela termina mais um ano: "Dass, O Tempo Nunca Mais Voava!"

Quando damos por nós, o tempo continuará sempre a armar-se em andorinha e a migrar além do espaço. Quando dermos por nós, vamos viver o agora, sim?

"O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que tem medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno."

William Shakespeare

4 Responses
  1. Rosie Says:

    bom texto! há realmente momentos que passam tão rápido...


  2. Renata Says:

    Gostei tanto, está fenomenal.
    O tempo é mesmo o maior código da vida!
    UM BEIJO*


  3. Menina Says:

    Estou na fase do "tempo que não chega para nada!"

    Lindo post =)

    beijinho*


  4. Post-It Says:

    Oi Rosie ;) É verdade, temos é que aproveitá-los o melhor possível =D beijinhooo***

    Bigada pelo BEIJO (grande =P) Renata, e sim, o tempo é realmente um bom código ;) beijinhooo***

    Minha Menina ;) ri-me tanto quando li o teu comentário, tem mesmo a ver com esta fase... ha-de chegar o tempo para ti em que vais estar "de barriga para o ar" hehe! Força nesta etapa ;D beijinhoooo***