Foz Dourada da Minha Cidade
Junto da areia começo por descalçar-me e sinto na planta dos pés a sensação quente do dia que daqui a nada se esvazia. Num sopro de liberdade sinto o assobio do vento que me chama como uma criança que faz "cu-cu" atrás de uma rocha. Sem muitas merdas alápo-me mesmo perto da rebentação, subo as calças até à famosa posição de "regar o milho" e vou coleccionando umas conchitas. Não sei se será do nervosismo para obter respostas, mas ter algo nas mãos alivia-me. Levanto a cabeça. Estou nas nuvens.
O meu coração pode estar triste, pode estar alegre mas, naquele momento o meu mundo pára. Deixo de lado a minha racionalidade e sonho. Sinto-me bem. Há uma beleza na ondulação, uma dança misteriosa que me fascina. Há uma cor que torna cativa, hipnotizada. Há um reflexo luminoso que me obriga a ter certeza que "o sol quando brilha é para todos". Mas acima de tudo há um segredo que me acalma a alma, me suaviza as dores, me equilibra a balança, me arranca as lágrimas, me dá sorrisos.
Nem sempre vou lá mas quando vou sinto-me como se estivesse na melhor poltrona do melhor psiquiatra da cidade, quiçá da Europa e talvez do Mundo.
Foz dourada da minha cidade
Fico tão ansiosa por te ver
Porque se me dás esta felicidade
É ai que eu irei sempre ter
a minha foz e q e a verdadeira!
a fantastica a incomparvel....figuira da foz!
ahaha